Não começou bem os preparativos para o início das obras do
novo Hospital da Unimed às margens da Linha Verde, em Macaé, na altura do Bairro
da Glória. Autorizada pela Secretaria
Municipal do Ambiente a “limpar” o terreno com a extração de diversas espécies de
árvores, mediante o pagamento de contrapartidas ambientais , a empreiteira contratada
pela renomada empresa de Saúde privada, também cortou 22 mangueiras que compõem
a alameda de mangueiras da Linha Verde.
Acionada, a fiscalização ambiental
dirigiu-se ao local, constatou o desmatamento, e aplicou multa à Unimed no
valor de 20 mil URMs, o equivalente a cerca de R$ 50 mil.
A infração foi denunciada pela Agenda 21 que entrou em
contato com o setor de Paisagismo da Secretaria do Ambiente no dia 31 de julho,
quarta-feira, e se certificou de que não havia autorização para a supressão das
mangueiras. Na sexta, dia 2 de agosto,
aquele trecho da linha Verde já amanheceu sem as mangueiras.
No processo de solicitação de licenciamento para a supressão
vegetal da área, foi negado, por parte da Sema, o pedido feito pela Unimed para
que também fossem suprimidas as mangueiras em toda a extensão de seu terreno. A empresa infratora alega descuido e
desinformação por parte dos trabalhadores que operavam as máquinas.
Apesar
dessa alegação, o operador da máquina que derrubou as mangueiras disse à
fiscalização que todas as árvores que deveriam ser suprimidas estavam devidamente
marcadas.
A autuação foi feita sob a alegação de descumprimento da condicionante
ambiental do licenciamento concedido, devendo a empresa pagar a multa
estipulada e recompor a área na forma original, ou seja, replantando as
mangueiras subtraídas no mesmo tamanho em que foram cortadas.